Prestando conta à sociedade - Trabalhos 2020

Prestando conta à sociedade - Trabalhos 2020

21/12/2020
Neste texto, presto contas à sociedade sobre o trabalho que realizei...

Todos os anos, desde que fundei a “FAZER PENSAR – Ética e Educação” (www.fazerpensar.com.br), ao final do ano, eu faço um balanço de tudo o que eu fiz profissionalmente e, com ele, busco prestar contas à sociedade na qual eu atuo, participo, vivo... peno que seja um ato de cidadania! Hoje a Fazer Pensar é parte da

- e tenho minhas duas mais-que-queridas sócias: e - sem dúvidas, atravessar o ano junto delas, foi mais fácil, mais alegre e prazeroso...
De fato, é uma atividade muito gostosa, pois eu reviro o ano inteiro em busca daquilo que fiz. Até 2019, minha retrospectiva tinha uma ‘cara’. Esse ano, advinha? Claro, uma mudança radical na forma pela qual eu pude fazer meu balanço. Enquanto ia organizando os documentos, anotações, postagens, calendários, convites de eventos etc., eu mesmo fui ficando surpreso com a quantidade de trabalho. Trabalho que em dois terços (2/3) não foi remunerado, mas que não poderia ter sido deixado de lado.
(Advertência – em época de postagens de poucos caracteres e de pensamentos rasos, esse é um textão – escrevi para mim, mas se você quiser ler, ficarei feliz. Ele conta como vivi meu ano profissional!)
Meu sentimento? De que, neste sombrio ano, eu fiz alguma coisa, de que pude contribuir com a criação de espaço-tempos (em sua esmagadora maioria virtuais) nos quais as pessoas puderam trocar, interagir e, espero eu, aprender. Aprender umas com as outras, em comunhão – mesmo que fisicamente separados. Aliás, as impossibilidades da pandemia rapidamente se converteram em possibilidades incríveis de trocas com pessoas – até então – distantes fisicamente.
Neste ano incrivelmente atípico, tive oportunidade de fortalecer parcerias como a com o historiador , o que nos levou ao projeto: “Outros olhares: convite a novas perspectivas sobre o turismo” e que culminou na deliciosa atividade “Que turismo queremos? Novas perspectivas sobre as viagens” com o incrível trio , e Luis Guiamrães Silva do SESC Diretório Nacional.
Como sempre tem ocorrido, minha parceria com a Educadora Gastronômica que logo no início do ano nos possibilitou o trabalho “Em casa no Brasil: alimentação, cultura e refúgio” em parceria com o e – olha só – o ACNUR Alto Comissariado da ONU para a questão do Refúgio, com a queridíssima e todo o grande elenco desta unidade exemplar.
Presencialmente, ainda pude participar o primeiríssimo movimento da constituição do documento fundamental “Projeto Político Pedagógico” da Unidade Salto do SENAC SP com meu amigo-irmão , o Prof. e o grande elenco da jovem e potente unidade educacional. Além disso, ainda pude participar reta finalíssima da elaboração dos textos fundantes do Programa Curumim com a minha dileta amiga e as equipes sempre maravilhosas das unidades educadoras do SESC SP.
Mas, em março vem a avalanche existencial chamada Covid-19 e vem para valer. Uma série de trabalhos agendados cancelados e sem a menor expectativa de retomada. Período difícil e, em especial, em seus primeiros dias. Atônitos todos nós aguardávamos alguma luz. Todavia parados é que não podíamos ficar e o mundo virtual nos aguardava. Rápidas transformações tecnológicas, novos termos e novos cliques nos levavam a lugares não explorados e, com os quais hoje, já gozamos de boa intimidade: ferramentas, streamings, meetings, teams da vida passaram a ser nosso cotidiano. Pude, com alegria, encerrar o importante trabalho com a equipe da Fundação PCJ, com o meu querido e equipe da Comissão de Ética daquela instituição: trabalho que foi realizando de maneira híbrida presencial em sua grande parte, mas tocado pela peste, teve que ser terminado à distância...
Em meio ao início da pandemia, o Projeto Responsabilidades agiu rapidamente e pudemos fazer trabalhos muito gostosos com docentes de escolas públicas... que, em grande parte, sentiam-se angustiados – e não era para menos. Elaboramos, Gabriela e eu atividades virtuais que ofereciam ‘espaços-tempos’ de acolhimento e de escuta empática aos colegas docentes. “O que aprendemos com a pandemia?” era a pergunta que norteava esses encontros, nos quais pudemos ter gente chorando, gente sorrindo, gente desabafando, gente desaguando... mas, todo mundo dizendo: “Valeu a pena! Era o que estávamos precisando” – não há preço que pague esses momentos.
Pandemia não vai embora, lá pelo meio do ano estávamos conscientes disso e aí começaram a aparecer os novos trabalhos e eu pude retomar um trabalho que adoro: a revisão textual – pude trabalhar com a fantástica equipe da , em especial seu CEO e com a – trabalhamos duro na revisão de mais de mil páginas (isso só a ‘minha parte’!!!) de um curso de capacitação da SECULT de Salvador. Depois disso, outros trabalhos de revisão de texto foram realizados. E é muito gratificante ver que esse trabalho também ajuda as pessoas em suas dificuldades com a escrita ou com o distanciamento daquilo que escrevem...
Fui convidado a participar Projeto por minha querida amiga e lá pude conhecer artistas, palhaças, poetas, músicos e músicas... uma trupe que veio enriquecer e embelezar o cenário, por vezes, cinza deste ano maluco... a essas pessoas sou grato!
Passei o ano em lives, live do Projeto Responsabilidades, live dos Encontros de 2ª – desafios à convivência (com meus queridos , , e Gabriela Brucoli), live com Universidades nas quais pude trabalhar com os discentes sempre interessados nas temáticas e com parcerias com gente querida como a Profa. Dra. , minha supervisora no Pós-doutorado, com a Profa. Dra. na ECA, com a Profa. Dra. da Unicamp, com o Prof. Dr. da EACH-USP, com o prof. Fernando Figueiredo da FATEC de Jaú, com o Prof. Dr. da UnB, com o Prof. Dr. da FACCAT. E, aulas com meu amigo na , quando pude trabalhar algo que amo: “Processos contemporâneos de Comunicação” com duas turmas muito bacanas em Criciúma e em Ponta Grossa. Lives com sabor especial? Teve também, o Projeto fez uma série especial de lives sobre o Guia Alimentar para a população brasileira: falamos de alimentos in natura, de ultraprocessados, de açúcar, de sal, de adoçante, de gorduras e óleos (com a presença do mestre ), visando o conhecimento para uma vida mais saudável e uma alimentação sem neura.
No mês de Setembro, novamente, Gabriela e eu pudemos nos juntar virtualmente ao pessoal do @Grupo Garfo em Fortaleza (sim, a gente queria era ter ido para lá) com a Ivanise Biermann, a Prof. Nívea e o grupo de pesquisa em Psicanálise e Alimentação – trocas incríveis aconteceram neste encontro marcante.
Setembro e outubro foram especialmente importantes para o pois fizemos nosso 1o Curso de Análise Crítica de Discursos Machistas!!! com a presença do meu amigo , da , da , da Kelly e da (ainda que só um pouquinho... rs) - encontros calorosos para debatermos as bases para a compreensão do discurso machista.
O Projeto “Encontros de 2ª – desafios à convivência” teve alguns encontros presenciais e logo foi para o virtual – parar? Jamais!!! Migramos e em pouquíssimo tempo já estávamos adaptados para os encontros virtuais. Pude receber pessoas incríveis nestes meses de trabalho virtual. Algumas delas: Gabriela Brucoli, Cadu de Castro, Dra. Carolina Gama, Dra. , Dr. , Dr. Márcio Mariguela, Dr. , entre tantos outros queridos.
Enfim, horas e hora de telas de computadores que nos esgotaram, mas que produziram bons encontros. Encontros com , com e com a intrépida jornalista - que nos presentou com uma 'cobertura de guerra na pandemia' com excelentes lives e reportagens... essas são outras três queridíssimas que o virtual só fez aproximar.
Gente, foi muita coisa... muita live, muito bate papo, muito diálogo.
Não conseguirei citar todos aqui, mas quero que saibam que todos estão no meu coração, pois juntos passamos este ano estranho.
Esperança de que a virada de 2021 mude tudo? Não somos ingênuos, mas gosto do rito da reflexão mais acurada no final do ano. Gosto porque escolhi e ponto! Nada metafísico...
Finzinho de ano, vem a cereja do bolo com a qual comecei este texto: a atividade que encerra este ano foi o Workshop sobre “Qual turismo queremos?” com meu chapa . Não poderia ter melhor encerramento.
Ah sim! Para 2021, aguardo meus dois novos rebentos – os livros: Turismo legitimado: espetáculos e invisibilidades (Edições SESC com prefácio do Danilo Miranda, tá bom...) e Desnaturalizando o machismo estrutural brasileiro (Paco Editorial) com prefácio meu mesmo! Primeira conquista do meu Pós-doutorado na ESALQ-USP.
Helio, você passaria pelo ano de 2020 de novo? Sim, quantas vezes for preciso, no melhor estilo do eterno retorno Nietzscheano – não sou de negar minha vida, pelo contrário, eu a afirmo. 2020 não foi um ano fácil, 2021 não será, mas a vida está aí e não pode ser negada. Vamos juntos para a frente! Juntos! Que venha 2021!
Poxa, você chegou até aqui? Que bom, e você viveria 2020 de novo e de novo? Me conta!!!
Prof. Helio Hintze
 



por Helio Hinze
Helio Hinze

Educador e Filósofo / Palestrante e Consultor do Projeto Fazer Pensar da Usina do Conhecimento Educador do Projeto Sabores & Saberes: Educação para o Gosto Consultor Associado GKS Consultoria Atuou como Professor Universitário em diversas Universidades: UFSCAR - Sorocaba, UNIMEP Piracicaba, SENAC, Uniararas